Entidades se posicionam favoráveis ao fim de EaD em cursos superiores 3c5o41

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O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) emitiram notas em apoio ao decreto

Entidades se posicionam favoráveis ao fim de EaD em cursos superiores

Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Na última segunda-feira (19), o Ministério da Educação (MEC) decretou a proibição da oferta de educação a distância (EAD) para cursos de medicina, direito, enfermagem, odontologia e psicologia. Após a decisão, entidades se manifestaram favoráveis à medida.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) emitiram notas em apoio ao decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O CFM salientou que a oferta da formação em caráter remoto traz danos. “Isso provoca problemas na assistência direta ao paciente, aumentando o custo do Sistema Único de Saúde, pois um profissional mal treinado é colocado no mercado de trabalho de todas as áreas da saúde. Além disso, no serviço suplementar (planos de saúde), também há um retardo de diagnóstico sobre a carga dos profissionais no serviço terciário nos hospitais de alta complexidade”.

Para a OAB, a formação do advogado vai além da questão conteudista. “A luta da OAB pela qualidade do ensino jurídico é histórica. Por isso, comemoramos a cautela do MEC com a modalidade a distância, que significaria, neste momento e da forma como está, um retrocesso”, afirmou o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti.

O Conselho de Enfermagem corroborou e teceu críticas ao ensino a distância, classificado-o como “um modelo de negócio que sacrificou a qualidade da educação em nome exclusivamente do lucro, colocando em risco a integridade e a vida das pessoas”.

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) também se mostrou favorável à medida, pois, regulamenta a oferta de cursos de graduação na modalidade a distância”.

Conforme a nota divulgada pela entidade, o decreto era aguardado pelo setor. “O novo marco legal permite que o Ministério da Educação (MEC) retome plenamente os processos regulatórios, interrompidos nos últimos meses, garantindo previsibilidade às instituições de ensino superior e confiança para estudantes e suas famílias”, frisa.