‘Pensava em fazer loucuras’, diz torcedora que encontrou no Sport a razão para superar depressão pós-parto 1q3i18
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Thalita Costa tem 26 anos e mora em ville, a 3.171 quilômetros do Recife
maio 30, 2025 - 8:00 am

Nascida em ville, Thalita Costa é torcedora do Sport e tem relações estreias com Pernambuco. Foto: acervo pessoal
“Sport, Sport uma razão para viver”. Como nos versos do hino do clube, a torcedora Thalita Costa encontrou uma forma de driblar as adversidades da vida através do seu time de coração. Nascida na cidade de ville, em Santa Catarina, ela sofreu de depressão pós-parto com o nascimento do filho, há cinco anos, e hoje supera a distância para expressar seu amor pelo Leão.
O ano era 2020, época em que a pandemia do Coronavírus assolava o mundo. Thalita teve diversas dificuldades no parto de Emanuel, seu único filho, como conta em entrevista concedida ao LeiaJá.
“Na minha gravidez, correu tudo bem até os oito meses. A partir daí, minha pressão começou a se alterar de uma forma assustadora. Tive pré-eclâmpsia e, como meu filho já era pequeno, ele parou de se desenvolver mais ainda. Os sustos começaram aí. Quando ele nasceu, precisou ir direto para o UTI e, para piorar, ainda tivemos suspeita de Covid”, lembra, antes de falar sobre sua própria frustração.
“Comecei a me sentir uma péssima mãe — vieram diversas frustrações, cobranças e a depressão pós-parto, que persistiu por meses na minha vida. Sinceramente, eu pensava até em fazer loucuras. Nem a medicação conseguia me controlar. Foram tempos muito difíceis. Eu demorei para me recuperar, até hoje ainda tenho vestígios que não saem de mim”, adiciona.
Emanuel vai completar cinco anos em 2025 e já apresenta evolução, como conta a mãe, orgulhosa. “Hoje, ele é uma criança que já fala, tem poucas crises e está evoluindo a cada dia. Foi no futebol e no Sport que encontrei a minha fuga, a minha esperança. Tudo isso eu o para ele, o movimento, a paixão, a torcida, é algo muito envolvente”, diz.
Paixão que não se mede 3e4j4p
Foi em 2021 que o Sport entrou na sua história, através da televisão, superando as barreiras da distância – Recife e ville estão separadas por 3.171 quilômetros. Tudo por conta de uma ironia do destino.
“Eu não sabia absolutamente nada de futebol, nada mesmo. Até que um dia, por coincidência, eu estava assistindo TV e acabei caindo em um jogo do Sport. Foi a partir dali que me apaixonei. Mesmo com a derrota (o Bragantino venceu por 3 a 0), fiquei encantada com o time”, recorda.

A Ilha dos sonhos 1h2xj
Os quilômetros que separam Thalita e a Ilha do Retiro unem milhares de sonhos. Na expectativa de conhecer o habitat natural do Leão, a torcedora conta os minutos no relógio. A reportagem apurou que, além dos presentes, o Sport planeja convidar a torcedora para assistir a um jogo das arquibancadas.
“Uma surpresa saber disso, porque nem eu mesmo sabia. Acredita que eu estava conversando agora com o pessoal? Eles querem que eu vá para a Ilha de todo jeito. E é o meu sonho. Eu me emociono só de imaginar. Pernambuco é a minha vida, é meu amor desde criança. Tenho certeza de que, no dia em que eu ver esse céu, vou me apaixonar ainda mais. Minha vida é outra desde que esse time começou a fazer parte da minha história”, aspira Thalita.
Após enfrentar o Mirassol no próximo domingo pela 11ª rodada do Brasileirão, o Rubro-negro só volta a jogar em casa após o término do Mundial de Clubes, em julho, ainda sem datas definidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
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Thalita diz que nunca foi ligada à cultura de ville, tendo apreço por Pernambuco, seja no esporte, na cultura, e também na culinária. Inclusive, faz receitas de comidas típicas do estado para se sentir “em casa”.
“Amo as comidas de Pernambuco. Acredita que sei até fazer algumas? Só ainda não aprendi bolo de rolo. Mas eu sou completamente louca por caldinho, sarapatel, um cozido também, e um dos meus sonhos é provar a famosa caldeirada de Itapissuma. Só falta o meu aporte pernambucano agora”, cobra.