Sport irá para seu 10º técnico na gestão de Yuri Romão e acumula recorde negativos; veja análise 6m5171

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Três dos cinco técnicos com as agens mais rápidas na história do clube foram contratados na gestão atual

Sport irá para seu 10º técnico na gestão de Yuri Romão e acumula recorde negativos; veja análise

Nesta quarta-feira (4), o Sport anunciou a demissão do técnico António Oliveira, após apenas quatro partidas no comando do time. Com somente 26 dias de trabalho, a agem do treinador pela Ilha do Retiro foi a segunda mais rápida da história do clube, atrás apenas de Lisca, que ficou três semanas à frente do Leão, há três anos.

Em comum aos dois insucessos está quem assinou a contratação de ambos: o presidente Yuri Romão. Desde que assumiu o cargo mais alto do executivo rubro-negro, ainda sob um “mandato-tampão”, em 2021, o Sport irá para o seu 10º treinador diferente sob a sua gestão.

Sem contar os interinos, confira abaixo quais técnicos já aram pela Praça da Bandeira desde que o cartola assumiu o cargo:

  • António Oliveira (2025): 4 jogos
  • Pepa (2024-2025): 43 jogos
  • Guto Ferreira (2024): 5 jogos
  • Mariano Soso (2024): 41 jogos
  • Enderson Moreira (2023): 68 jogos
  • Claudinei Oliveira (2022): 18 jogos
  • Lisca (2022): 4 jogos
  • Gilmar Dal Pozzo (2022): 21 jogos
  • Gustavo Florentín (2021-2022): 15 jogos (ele teve outros 17 jogos antes de Yuri assumir)

O fato curioso sobre a alta rotatividade de comando foi um efeito em cadeia de “treinadores-relâmpagos”. Para se ter ideia, de acordo com levantamento feito pelo LeiaJá, dos cinco técnicos que aram menos tempo treinando o Sport em toda a história, três deles foram da gestão Yuri Romão: Lisca, Guto Ferreira e António Oliveira (confira a lista completa aqui).

Yuri Romão e Gilmar Dal Pozzo, em 2022. Foto: Anderson Stevens/SCR

Yuri Romão se tornou oficialmente presidente do Sport em 4 de outubro de 2021, após a renúncia de Leonardo Lopes, que pediu afastamento médico. Restando 15 rodadas para o fim da Série A, ele manteve o técnico Gustavo Florentín, o que não foi suficiente para evitar o rebaixamento dos rubro-negros.

Foi o início do calvário na Série B. Foram longos três anos batendo na porta do G4, terminando as edições de 2022 e 2023 na sétima colocação. Na tentativa da subida, aram pelo comando técnico do clube: Gilmar Dal Pozzo, Lisca, Claudinei Oliveira, Enderson Moreira, Mariano Soso e Guto Ferreira.

Coube ao português Pepa – primeiro europeu a treinar o Sport -, garantir o o no ano ado e sob fortes emoções. Os pernambucanos só carimbaram a vaga na última e derradeira rodada. ado o sufoco, a gestão de Yuri investiu pesado no elenco de 2025, visando “evitar o voô de galinha, que sobe e desce rápido”, nas palavras do próprio gestor.

Ao todo, foram investidos mais de R$ 60 milhões em reforços, com destaque para três compatriotas de Pepa: o zagueiro João Silva, o meia Sérgio Oliveira e o centroavante Gonçalo Paciência. O valor, no entanto, não foi condizente ao desempenho dentro de campo. Com três pontos em 11 rodadas, o Leão não só amarga a lanterna da 1ª Divisão, como tem o pior desempenho da história dos pontos corridos até o momento.

Sport foi eliminado na Copa do Brasil de 2025 para o Operário VG. Foto: Paulo Paiva/SCR

Fracassos em todas as competições: 6s5f4a

Além do o à Série A, a única conquista esportiva do Sport foi o tricampeonato pernambucano. Do outro lado da moeda, o que se viu foi um verdadeiro festival de fracassos. Em 2022, o clube foi eliminado nas quartas de final do estadual para o Salgueiro, em plena Ilha do Retiro. Além disso, na Copa do Nordeste, dois vices consecutivos, contra Fortaleza (2022) e Ceará (2023), sem contar a goleada por 4 a 1 dos tricolores, na semifinal de 2024, na Arena de Pernambuco.

Na Copa do Brasil, a sina também continuou: duas eliminações na primeira fase, contra os modestos Altos-PI e Operário-VG. As outras duas foram em jogos competitivos contra os poderosos São Paulo – que viria a se sagrar campeão – e Atlético-MG.