FATAL FURY: City of the Wolves é o retorno de uma lenda 304ic
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Game marca o retorno da franquia após 26 anos de hiato, além de trazer diversos modos e uma jogabilidade aprimorada
abril 25, 2025 - 3:29 pm

Foto: Divulgação/SNK
Depois que “Garou: Mark of the Wolves” foi lançado em 1999, a SNK colocou a franquia de luta “Fatal Fury” em um longo hiato e limitou esta saga a apenas participações especiais de seus personagens nos jogos da série “The King of Fighters” (KOF). Contudo, após 26 anos, os fãs finalmente receberam “City of the Wolves” e, embora esse retorno venha acompanhado de algumas polêmicas, ele consegue manter o nível de qualidade esperado de um título da SNK. O LeiaJá teve a oportunidade de testar o jogo em sua versão de PS5.
A história se a em South Town, também conhecida como Cidade dos Lobos, ao qual detém o legado de Geese Howard, vilão clássico da franquia. Vale destacar que ao iniciar o game, é possível assistir a uma animação de alta qualidade, que revisita pontos chaves dos jogos anteriores, entre eles, o momento em que Geese é derrotado por Terry Bogard e cai do alto de um prédio.
Depois dessa introdução, o jogador será levado para o menu principal de “City of the Wolves” e aqui é visto um dos primeiros problemas, isso porque os menus desse game são um caos e am uma impressão de desorganização. Não é algo que compromete a experiência, mas poderia ter sido melhor planejado por parte dos desenvolvedores.
Modos de jogos disponíveis 4x2c6u
“FATAL FURY: City of the Wolves” consegue trazer tudo aquilo que é esperado de um game de luta. A começar pelo seu modo online, que dispõe do popular rollback netcode, um protocolo conhecido por sua eficiência em jogos de luta, principalmente por evitar atrasos de conexão durante os confrontos e garantir a fluidez das partidas.
Além disso, é possível escolher entre os modos ranqueados; que são voltados para os jogadores competitivos e indicado para aqueles que já possuem um domínio das mecânicas do jogo; partidas casuais, ideal para quem busca apenas se divertir; e as partidas em sala, que podem ser úteis para reunir grupos de jogadores em confrontos com regras pré-definidas.
Aqueles que preferem uma experiência single player também estão bem servidos em “City of the Wolves”, isso porque o título conta com o tradicional modo arcade (obrigatório para qualquer game de luta), onde o jogador deve escolher um personagem, entre os 17 disponíveis, e enfrentar uma sequência de sete lutas. Esse modo também serve para dar uma pincelada na história individual de cada um dos combatentes. Também estão disponíveis as modalidades de treino, para aprender e praticar as mecânicas do jogo.
A novidade fica por conta do Episódios de South Town (EOST), que conta com uma progressão semelhante à de um RPG, onde é preciso escolher um dos personagens do elenco e encarar uma série de confrontos para se fortalecer. Este modo é essencial para todos que querem se aprofundar na narrativa de “City of the Wolves”, contudo, a sua implementação poderia ter sido mais criativa.
O principal problema de EOST está ligado à sua apresentação visual, já que na maior parte do tempo, tudo que será mostrado são linhas de diálogos soltas sem nenhum tipo de animação e, o máximo que aparece, é uma imagem estática ao estilo apresentação de PowerPoint. Além disso, toda a jogabilidade fora das lutas se resume a gerenciar um cursor de mouse e selecionar pontos em um mapa.
Outro ponto que pode desanimar os jogadores no modo EOST é a repetição constante de combates contra inimigos genéricos, que tem como único propósito aumentar o nível do personagem, para que ele possa encarar o desafio principal e progredir na história.
De maneira geral, o EOST é destinado apenas para aqueles que buscam compreender a história de “City of the Wolves”. Se esse não for o caso, os modos arcades ou online serão escolhas melhores.
Jogabilidade fluída 164c1n
A gameplay presente nos jogos de luta da SNK foi um dos fatores responsáveis por consagrar a empresa nos anos 90 e muito dessa identidade é vista em “FATAL FURY: City of the Wolves”. No começo é possível sentir uma pequena estranheza, principalmente para aqueles que já se adaptaram ao gameplay frenético de “KOF 15”, mas não demora muito para se acostumar ao novo ritmo cadenciado, que casa muito bem com a proposta de “Fatal Fury”.
O game introduz a mecânica REV, que se trata de uma variedade de ações ofensivas e defensivas, que conforme são utilizadas, preenche uma barra localizada na parte inferior da tela. No momento que esse medidor alcançar 100%, o jogador ficará impossibilitado de utilizar essas vantagens por um tempo.
O sistema de punição também marca presença em “City of the Wolves” e para aplicá-lo, é necessário realizar uma defesa perfeita no momento exato de um ataque. Caso seja bem sucedido, o personagem fará um contra-ataque e também poderá emendar a ação com outra sequência de golpes.
Mais uma mecânica importante é a de SPG, que concede uma vantagem de força para o lutador, além de também permitir que ele utilize o seu melhor especial. O SPG fica localizado em um ponto específico da barra de vida do lutador, podendo ser no início, meio ou fim (o jogador escolherá onde ele deve ficar no começo da luta) e a habilidade será ativada quando o medidor de vida estiver nessa parte.
Elenco de lutadores e polêmicas 1u1w2u
Conforme mencionado anteriormente, “FATAL FURY: City of the Wolves” conta com 17 personagens jogáveis e o seu e de temporada promete acrescentar mais 5 lutadores ao elenco. Desta forma, o título fechará o ano de 2025 com 22 combatentes.
A princípio estão disponíveis Rock Howard, Terry Bogard, Hotaru Futaba, Tizoc, Preecha, Marco Rodrigues, Vox Reaper, Mai Shiranui, Kevin Rian, Billy Kane, B.Jenet, Gato, Kim Dong Hwan, Kain R. Heinlein, Hokutomaru e mais duas personalidades da vida real que dividiram a opinião dos fãs. O primeiro deles é o jogador de futebol português Cristiano Ronaldo, já o outro se trata de Salvatore Ganacci, um DJ e produtor musical sueco (e também um fã da SNK e de “Fatal Fury”).
A problemática que envolve esses dois personagens é o fato de eles ocuparem o espaço de algum outro lutador clássico da franquia e também o marketing da própria SNK, isso porque ambas as participações foram anunciadas uma atrás da outra e, enquanto os fãs ainda absorviam a ideia de que Cristiano Ronaldo estaria no jogo, imediatamente veio a revelação de Salvatore Ganacci.
No que diz respeito ao desenvolvimento da trama, esses personagens não acrescentam em nada e ambos sofrem de baixo carisma, principalmente se comparados ao restante do elenco. Entretanto, é válido lembrar que a conexão com um personagem de jogo de luta é bastante pessoal e varia de jogador para jogador.
Também é importante pontuar que a SNK não é a primeira a fazer esse tipo de campanha, a Warner Bros. Games por exemplo, já trouxe inúmeros personagens convidados para “Mortal Kombat”. A ideia deste tipo de ação é atrair pessoas que estão fora da bolha para a fanbase do título. Se essa estratégia funcionará ou não com “FATAL FURY: City of the Wolves”, só o tempo dirá.
Por outro lado, o primeiro e de temporada promete adições mais interessantes para o elenco, que são: Joe Higashi e Andy Bogard, que formam o trio de ouro de “Fatal Fury” ao lado de Terry Bogard; Mr. Big, que vem da franquia “Art of Fighting”; e Ken e Chun-li, diretamente de “Street Fighter” (vale lembrar que Terry Bogard e Mai Shiranui também foram incluídos em “Street Fighter 6”, o que mostra que a SNK e a Capcom seguem firme na parceria). Os lutadores devem ser adicionados no game de maneira individual, ao longo de 2025.
Vale a pena? 3qk39
“FATAL FURY: City of the Wolves” é a sequência que muitos fãs aguardavam e pode solidificar novamente a SNK no mercado de jogos de luta. Apesar de cometer alguns deslizes, como o modo EOST pouco criativo ou a adição de dois personagens que pouco acrescenta à trama principal da franquia, o título consegue apresentar um gameplay sólido e bastante intuitivo. O game está disponível para PS5 por R$319,90; Xbox Series X/S por R$324,27; e PC por R$249.
*Colaboração de Alfredo Carvalho para o LeiaJá