Commandos: Origins merece ser jogado por todos 3k6i6q

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Título traz um gameplay tático, onde é possível controlar até seis personagens, cada um com uma habilidade distinta

Commandos: Origins merece ser jogado por todos

Imagem: Divulgação/Claymore Game Studios

Durante a década de 1990 e início dos anos 2000, aqueles que tinha um PC e fossem amante de jogos, provavelmente se depararam com inúmeros clássicos exclusivos dessa plataforma, como “Doom” (1993), “Wolfenstein” (1981), ou “Age of Empires” (1997). Mas, outra franquia que também chamava a atenção, era “Commandos”, onde era preciso gerenciar um grupo de soldados em cenários ambientados na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).

Desenvolvido pela Pyro Studios e lançado em 1998 pela Eidos Interactive, “Commandos: Behind Enemy Lines” fez um relativo sucesso na bolha dos PCs e garantiu algumas sequências no decorrer dos anos. Após alguns anos sem receber novos títulos, a franquia retorna com “Commandos: Origins”, dessa vez sob a tutela da Claymore Game Studios, que distribuiu o título não somente para os computadores, mas também para os consoles. O LeiaJá teve a oportunidade de testar o título em suas versões de PS5 e Xbox Series X/S.

Do que se trata o game n2k59

“Commandos: Origins” é um game com câmera isométrica, onde o jogador visualiza todo o cenário e personagens por uma perspectiva superior, mas com a possibilidade de rotacionar o campo de visão para qualquer direção. Diante disso, o jogador deve movimentar seus personagens pelo mapa de maneira estratégica, para garantir que eles consigam cumprir suas missões e também sobreviver ao cenário de guerra.

Por mais que o game possua uma temática de guerra, dificilmente a abordagem adotada deverá ser a de atirar em todos como se fosse o Rambo (embora também seja uma possibilidade, porém a dificuldade será bem maior). A ideia principal de “Commandos”, é que o jogador faça todas as ações sem ser visto e calcule todos os seus os, afinal de contas, o título pertence ao gênero de “estratégia”.

O novo episódio da franquia conta com 14 missões e o tempo de conclusão de cada uma delas vai depender da estratégia abordada (que são várias). É preciso ter em mente que este não é um game feito para se jogar com pressa, pois cada ponto do mapa exigirá uma análise meticulosa e, na maior parte do tempo, muitas tentativas e erros. No entanto, é possível salvar o progresso do game a qualquer momento, o que dá mais tranquilidade para o jogador tentar diferentes estratégias.

Os soldados inimigos são os principais obstáculos a serem superados em “Commandos: Origins”. Cada um deles possui um campo de visão na cor verde que cobre toda uma área e, caso um dos personagens controláveis entre nesta demarcação, ele será detectado. Para evitar que isso aconteça, é possível se esconder atrás de objetos ou dentro de arbustos, que são considerados pontos cegos (nestes casos, a detecção só ocorrerá se o inimigo desconfiar de algo e for até o local investigar).

Normalmente o ponto mais distante do raio de detecção do inimigo contará com uma forma listrada e, é possível ar por essas partes sem ser detectado, desde que o personagem do jogador esteja rastejando (ação que será utilizada muito durante todo o game). 

Além disso, a movimentação dos personagens emite barulhos que podem gerar desconfiança por parte dos inimigos, principalmente durante as corridas. Caso seja necessário se locomover em silêncio, a única saída é rastejar. Em determinados tipos de terrenos, como os de neve, o trajeto da equipe ficará marcado por algumas pegadas, o que também pode alertar ou gerar a desconfiança dos inimigos.

Ao se aproximar de um soldado, será possível nocauteá-lo, mas ele recobrará a consciência após um tempo, caso não seja escondido; a outra possibilidade é finalizá-lo com uma faca, para que ele não cause mais problemas. De qualquer maneira, será necessário ocultar o corpo em algum local que esteja fora do campo de visão dos demais soldados, caso contrário, isso colocará toda aquela área em estado de alerta (o que dificulta ainda mais a locomoção no mapa).

Ao longo do trajeto o jogador se deparará com diferentes tipos de soldados. Os mais comuns costumam fazer rondas, seja sozinhos ou em grupos. Para estes casos, basta aprender os seus padrões e atacar no momento exato. É possível ficar escondido em moitas, chamar a atenção do inimigo com um assobio ou iscas, e pegá-lo desprevenido. Outra possibilidade é a de programar ações simultâneas de um ou mais personagens, para abater vários soldados de uma vez só.

Entretanto também existem aqueles que ficam de guarda e não deixam o seu posto, mesmo com artifícios que chamem suas atenções. A melhor abordagem para esses é cuidar de todos os que estão ao redor e deixá-los por último. Outros que aparecem no mapa são os que utilizam rifles de precisão, aos quais dispõe de um campo de visão ainda maior; e também os que estão equipados com submetralhadoras, que causarão morte instantânea ao jogador caso ele seja detectado.

Personagens distintos 69172q

“Commandos: Origins” conta com um elenco de seis personagens, cada um com uma característica própria e que serão úteis em diferentes momentos da campanha. O primeiro deles é o Jack O’Hara, também conhecido como Boina Verde, que se destaca por ser um brutamonte, capaz de eliminar qualquer tipo de inimigo de maneira furtiva. Além de também ter a capacidade de escalar alguns locais.

O segundo é o Thomas Hancock, codinome Sapador, que é um especialista em armar explosivos, desarmar armadilhas e também pode ser usado para destruir alguns obstáculos. Francis T. Woolridge, é o Atirador de Elite da equipe, que é indispensável na hora de eliminar alvos a longa distância.

Outro que marca presença é o especialista em veículos Samuel Brooklyn, conhecido simplesmente como Piloto. Esse personagem pode ser útil em diferentes situações, como por exemplo, nos momentos de fuga. Caso seja preciso uma abordagem furtiva na água, a escolha ideal é o James Blackwood, codinome Mergulhador.

Por último, mas não menos importante, o time também conta com o auxílio de René Duchamp, o Espião, que é o favorito de muitos jogadores, devido a sua capacidade de se vestir como os inimigos e se infiltrar no meio deles sem ser detectado, semelhante ao que o Agente 47 faz na franquia “Hitman”. É importante lembrar que a história de “Commandos: Origins” se a antes dos eventos do primeiro game e aqui será mostrado como cada um dos integrantes da equipe se conheceram.

Vale a pena?   3w3i60

Mesmo sem trazer grandes inovações, a fórmula de “Commandos: Origins” ainda é funcional para os dias de hoje e pode agradar todos os que apreciam este gênero de jogo ou buscam algo diferente do padrão. Aqui no Brasil o título ou despercebido aos olhos de muitos, principalmente por ter sido lançado em um período com muitos lançamentos, mas este é um jogo que merece ser jogado.

“Commandos: Origins” está disponível no PS5 por R$299,90; Xbox Series X/S por R$222,45; e PC por R$219. Além disso, o game também está incluso no catálogo do serviço Xbox Game .

*Colaboração de Alfredo Carvalho para o LeiaJá